As contas do governo central — Tesouro Nacional, Banco Central (BC) e Previdência Social — registraram superávit primário de R$ 84,9 bilhões em janeiro, ante o superávit observado em janeiro de 2024 (de R$ 79,5 bilhões). A notícia é do Metrópoles.
O resultado ficou acima da mediana das expectativas da pesquisa Prisma Fiscal do Ministério da Fazenda, que indicava para um superávit de R$ 83,4 bilhões. Os dados fazem parte do Relatório do Tesouro Nacional (RTN), divulgado nesta quinta-feira (27/2).
Entenda as contas do governo central
Um superávit primário ocorre quando as receitas têm saldo maior do que as despesas, sem contar os juros. O déficit primário ocorre quando esse resultado é negativo. Juntos, eles formam o “resultado primário”.
No acumulado de 2024, o governo central teve déficit primário de R$ 43 bilhões — equivalente a 0,36% do Produto Interno Bruto (PIB). Mesmo com o resultado negativo, a meta fiscal de 2024 foi cumprida.
Em dezembro de 2024, o governo central foi superavitário em R$ 24 bilhões.
A meta do governo federal para 2025 é de déficit fiscal zero. Isso significa a busca da equipe econômica pelo equilíbrio das contas públicas, com receitas equiparadas às despesas.
Resultado do governo central em janeiro
Este foi o melhor resultado para janeiro em dois anos, de acordo com a série histórica, iniciada em 1997. A última vez em que as contas do governo central registraram superávit primário nesse mês foi em 2023, quando o saldo positivo foi de R$ 86,4 bilhões.
De acordo com o Tesouro, o resultado de janeiro foi composto por: superávit de R$ 104,5 bilhões do Tesouro Nacional e do Banco Central; e déficit de R$ 19,6 bilhões na Previdência Social.
No acumulado em 12 meses até janeiro, o rombo está em R$ 42,2 bilhões (0,32% do PIB), segundo os dados do Tesouro. Mas, houve uma leve melhora no quadro das contas do governo central em relação a janeiro de 2024, quando superávit foi de R$ 79,5 bilhões.