O aumento do preço do ovo chamou a atenção dos consumidores nas últimas semanas, com elevações no atacado e no varejo.
A noticia é de GISELE FARIAS. Associações que acompanham o mercado explicam que o movimento é sazonal, impulsionado pelo aumento da procura pela proteína no período de quaresma.
A expectativa, porém, é que os preços continuem pressionados nos próximos meses e voltem ao padrão após o fim do período religioso — que neste ano deve ocorrer em 17 de abril, — segundo nota da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) publicada nesta terça-feira (18).
A inflação dos preços de aves e ovos subiu 1,69% em janeiro, de acordo com números do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). No acumulado de 12 meses, a alta foi de 7,84%.
Já no atacado, a alta foi de 40% na semana passada, mostram dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
A posição vai na mesma direção de nota da Abras, publicada no fim de semana.
A Abras, porém, acrescentou que o aumento do ovo também pode estar atrelado ao processo de substituição dos consumidores em meio ao encarecimento de demais proteínas.
A ABPA também apontou para o aumento do custo de produção dos ovos nos últimos oito meses como fator do encarecimento.
Segundo a entidade, o preço do milho subiu 30%, enquanto gastos de insumos de embalagens mais que dobraram.
Outro ponto relacionado à alta no preço do ovo pelo país é o calor que atinge o país, com impacto direto na produtividade das aves, o que gera reflexos na oferta de produtos.
Uma onda de calor, caracterizada por temperaturas altas por um período prolongado, atinge diversas regiões do Brasil e deve se estender até 24 de fevereiro.
A associação acrescentou que as exportações de ovos têm efeito praticamente nulo sobre a oferta interna.