O Vasco da Gama anunciou na noite de (24) que ingressou com um pedido de recuperação judicial, abrangendo tanto o clube associativo quanto a SAF. Segundo comunicado oficial, a medida não afetará os investimentos no futebol nem o pagamento de salários e demais obrigações.
"Decisões difíceis, mesmo quando amargas e impopulares, não diminuem a convicção e determinação da atual administração de enfrentar esse desafio de maneira firme e responsável. Ou se encara a realidade, ou corre o risco de seguir repetindo os mesmos erros do passado", afirmou o clube.
A recuperação judicial era tratada como peça fundamental no plano de reestruturação financeira liderado pelo presidente Pedrinho e sua equipe. A diretoria considera esse mecanismo a forma mais segura para reorganizar as dívidas, que, segundo relatório da consultoria Alvarez & Marsal, chegam a aproximadamente R$ 1,4 bilhão.
Antes da transformação em SAF, o Vasco aderiu ao Regime Centralizado de Execuções (RCE) em 2021, utilizando 20% das receitas correntes para quitar débitos trabalhistas e cíveis que, conforme o último balanço da SAF, somavam cerca de R$ 223 milhões. A principal diferença entre o RCE e a recuperação judicial está na tramitação judicial: enquanto no primeiro a Justiça apenas defere ou indefere o plano apresentado, na recuperação judicial há a nomeação de um administrador judicial para conduzir o processo.
A decisão do Vasco segue o caminho adotado anteriormente pelo Cruzeiro, cuja recuperação judicial foi aprovada poucos dias após o protocolo na Justiça.