O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, conversaram nesta segunda-feira (27), por telefone, sobre o cenário global com a posse de Donald Trump, nos Estados Unidos, e sobre uma solução para o conflito com a Ucrânia. A informação é da CNN.
“Hoje conversei com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, para tratar de temas da agenda global e entre nossos países. Na ligação, reafirmei o compromisso do Brasil com a promoção da paz, a preocupação com o cenário internacional e seguir na busca por uma solução para o conflito na Ucrânia. Também falamos sobre o BRICS, sob a presidência brasileira neste ano, e a necessidade de facilitar o comércio e os investimentos entre os membros do bloco”, afirmou Lula no X (antigo Twitter).
Um dos focos do telefonema, a guerra entre Rússia e Ucrânia se iniciou em fevereiro de 2022 após uma “operação militar especial” russa em território ucraniano. Segundo o governo brasileiro, a conversa entre os dois presidentes ocorreu por volta das 10h30 desta segunda.
“Putin agradeceu a contribuição de atores como o Brasil para a busca de uma solução para o conflito na Ucrânia e demonstrou interesse pelos trabalhos do Grupo de Amigos da Paz, lançado pelo Brasil e pela China na ONU em setembro passado. Os dois mandatários acordaram seguir em permanente contato sobre esse tema”, informou o Planalto.
No telefonema, Lula também indicou que deve viajar para a Rússia em maio. Ele agradeceu o convite russo para a comemoração, em Moscou, dos 80 anos da vitória na Segunda Guerra Mundial, em 9 de maio.
De acordo com o Planalto, Putin “demonstrou satisfação com perspectiva de receber o presidente brasileiro e fortalecer o relacionamento entre o Brasil e a Rússia”.
Os dois chefes também falaram, segundo informações do Kremlin divulgadas no Telegram, sobre a atual situação global, considerando a nova administração de Trump, nos Estados Unidos. O presidente norte-americano tem feito apelos pelo fim da guerra na Ucrânia.
Na sexta-feira (24), como a CNN mostrou, Putin afirmou que “a crise na Ucrânia” poderia ter sido evitada se o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estivesse no poder na época em que o conflito começou.