O dólar fechou em alta nesta segunda-feira (10), conforme repercutiam nos mercados globais os temores de que uma recessão nos Estados Unidos possa vir à frente, em meio às tarifas intermitentes do presidente do país, Donald Trump. A informação é do G1.
Em entrevista à Fox News no domingo (9), o republicano disse que "detesta" fazer previsões sobre o futuro da economia, mas não descartou uma recessão e um aumento de preços durante o "período transitório" de suas políticas tarifárias. "Isso leva um pouco de tempo", afirmou.
O receio dos investidores é que as novas tarifas de Trump resultem em um novo aumento de preços nos Estados Unidos e acabem forçando o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) a voltar a subir os juros no país. Esse cenário, caso se concretize, tende a restringir o consumo e pode desacelerar a economia — o que, a depender de uma série de fatores, pode resultar em uma recessão, caso se prolongue demais.
Por aqui, o mercado aguarda a divulgação de uma série de importantes indicadores econômicos do Brasil. Além de informações sobre a produção industrial e o setor de serviços de janeiro, os dados de inflação de fevereiro também devem ser conhecidos ao longo desta semana.
O relatório "Focus", divulgado nesta segunda-feira (10) pelo Banco Central do Brasil (BC), elevou a estimativa de inflação para este ano de 5,65% para 5,68%. Com isso, a expectativa para 2025 está acima e cada vez mais distante do teto da meta, que é de 4,5%.
O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, encerrou em queda.
Dólar
Ao final da sessão, o dólar fechou em alta de 1,06%, cotado em R$ 5,8515. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,8710. Veja mais cotações.
Com o resultado, acumulou:
- alta de 1,06% na semana;
- queda de 1,09% no mês;
- perdas de 5,31% no ano.
Na sexta-feira (7), a moeda americana teve alta de 0,57%, cotada a R$ 5,7901.
Ibovespa
Já o Ibovespa encerrou em queda de 0,41%, aos 124.519 pontos.
Com o resultado, o Ibovespa acumulou:
- recuo de 0,41% na semana;
- alta de 1,40% no mês; e
- ganho de 3,52% no ano.
Na sexta-feira (7), o índice teve alta de 1,36%, aos 125.035 pontos.