Bruno Giovanni extornou hoje o pensamento de muitas pessoas, policiais ou não, diante da fala do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, que afirmou nesta semana que a Polícia "prende mal". O comentário foi proferido no Meio Dia RN, com o BG.
Um dia depois das seis principais instituições de polícia do Brasil divulgarem um manifesto de repúdio a uma fala de Ricardo Lewandowski, o ministro da Justiça se retratou, nesta sexta-feira (21). Em uma palestra sobre o impacto da PEC da Segurança Pública nos setores de comércio e serviços, nessa quarta-feira (19), Lewandowski havia dito que a “polícia prende mal e o Judiciário é obrigado a soltar.” A notícia é do Metrópoles.
Na quarta-feira (19), Lewandowski rebateu críticas sobre o papel do poder Judiciário em uma palestra sobre o impacto da PEC da Segurança Pública nos setores de comércio e serviços. Durante a fala, o ministro chegou a afirmar que a “polícia prende mal e o Judiciário é obrigado a soltar.”
O discurso não foi bem recebido pelas principais instituições policiais, que divulgaram, nessa quinta-feira (20), um manifesto de repúdio à fala do ministro da Justiça.
“As declarações estereotipadas, do ministro Ricardo Lewandowski, revelam a total inação e falência da política nacional de segurança pública do governo, que desconsidera vários (bons) programas da gestão anterior e alavanca uma constante polarização política e tensões com as instituições policiais do Brasil”, diz o comunicado.
O texto ainda acrescenta que os comentários de Lewandowski “ofendem indelevelmente” a honra dos agentes brasileiros.
À imprensa, em João Pessoa, o ministro da Justiça e da Segurança Pública se retratou pelo comentário considerado ofensivo por agentes policiais.
“Quero ressaltar agora, publicamente, que nós temos uma polícia brasileira altamente eficiente, preparada. Eu disse, naquela ocasião, e a minha expressão foi pinçada fora do contexto, que as polícias têm que ser melhor remuneradas, melhor equipadas, precisam ser melhor informadas para que possam prender melhor, para que não haja esse fenômeno do judiciário eventualmente ter que corrigir erros de prisões que não foram feitas de acordo com a lei”, afirmou o ministro da Justiça e Segurança Pública.
Em elaboração desde outubro, a PEC da Segurança Pública propõe constitucionalizar o Sistema Único de Segurança Pública (Susp) e definir a responsabilidade da União sobre a matéria. A proposta enfrenta resistência dos governadores, que veem tentativa de interferência nas atribuições dos estados, porém, de acordo com Lewandowski, “todas as diferenças” de opinião foram “aplainadas” em reuniões.
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