Denunciado recentemente pelo Ministério Público Federal (MPF), o policial penal Rafael da Conceição Barretto é acusado de coordenar esquema de corrupção dentro do Complexo Penitenciário da Papuda. A coluna teve acesso a detalhes sobre os crimes investigados no âmbito da Operação Vili Pretio, deflagrada pela Polícia Federal em julho do ano passado. A notícia é do Metrópoles.
Entre os beneficiados no esquema, estão empresários presos pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. O policial teria utilizado chantagem emocional e manipulação para obter empréstimos e outros benefícios financeiros de detentos e seus familiares.
Barretto usava informações sobre o estado de saúde dos presos para pressionar seus familiares. Mensagens “apelativas” eram enviadas para criar um clima de urgência, o que levava os parentes a cederem às suas demandas.
A esposa de Adauto Lúcio Mesquita, empresário do ramo atacadista, recebeu mensagens de Barretto sobre o estado emocional do marido, acompanhadas de pedidos de dinheiro. Já o filho e a esposa do pecuarista Jorginho Cardoso de Azevedo foram pressionados a conceder empréstimos.
Além de praticar a chantagem emocional, Barretto facilitava a comunicação ilícita dos presos, permitindo mensagens de áudio e videochamadas com familiares. Em troca, recebia dinheiro, bens e até um veículo como pagamento. Durante as investigações, a PF descobriu que o agente conseguiu empréstimo de R$ 25 mil de um amigo de Jorginho Cardoso de Azevedo.
Corrupção
O Ministério Público Federal acusa Rafael Barretto de corrupção passiva majorada, prevaricação, comércio ilegal de artefatos bélicos e lavagem de dinheiro. Além disso, foi solicitado que, em caso de condenação, ele perca seu cargo público. Outros envolvidos também enfrentam acusações relacionadas à facilitação de benefícios e lavagem de dinheiro.