Um jogo decepcionante. Não tem outra maneira de definir esse empate-derrota do ABC para o fraco Maracanã. Zero a zero no tempo normal e derrota nas penalidades, 5 a 4, na noite de sábado, que marcou a despedida melancólica e prematura do Alvinegro na competição e possibilidade de colocar nos cofres quase R$ 2 milhões somente na garantia de participação na fase de grupos, sem falar no que poderia vir depois.
A minha primeira decepção veio com a escalação do ABC. A repetição do esquisito esquema 5-3-2, na prática, mesmo que na teoria o Ney Franco pretendesse um 3-4-3. O ABC sempre tinha cinco defensores presos atrás para marcar dois atacantes do Maracanã. Lima como cabeça de área, que não é a dele, cercado de dois jogadores - Adeilson e Manoel - que não são da posição.
Islan na esquerda, onde muitas vezes o ABC três jogadores se anulando, o próprio Islan, Manoel e até Lucas Sampaio. Wallyson flutuando, como imaginei que ele funcionaria, mas não aconteceu. Robinho, nulo quase a partida inteira, um pouco pelo lado direito, pisando pouco na área e com baixo poder de finalização-decisão. Um time previsível, de saída de bola lenta, muitas vezes na terrificante "ligação direta".
No segundo tempo, mesmo com as mudanças, sai Islan para Bismarck (fez bom jogo), Wendel entra no lugar de Manoel, Madison para Lima, Ezequiel para Matheus Rocha, e Emanuel no lugar de Lucas Sampaio. Pouca coisa mudou, a não ser um pouco mais de qualidade pelo lado esquerdo com o Bismarck e mais vitalidade do menino Emanuel. Pressão sem articulação e o gol salvador não saiu.
Fim melancólico da partida. Nas penalidades, Wallyson, Bismarck, Adeilson e Emanoel converteram, mas Robinho desperdiçou. O goleiro Felipe Alves pouco se mexeu e o Maracanã não perdeu nenhum tiro livre, final 5 a 4 para o visitante.