O deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ) diz estar arrependido de ter afirmado que lidaria com “vagabundos iguais” a Lula “na bala”. Ele se afastou de Bolsonaro e se aproximou do governo, tornando-se um dos canais de diálogo entre o Planalto e a bancada evangélica.
Otoni disse se arrepender da frase e afirmou: “Decidi parecer mais com Cristo do que com Bolsonaro. Esse tipo de coisa não cabe na minha boca, sou um pastor.”
A declaração ocorreu em 2022, quando Lula sugeriu que a militância cobrasse parlamentares em suas casas. Otoni reagiu no plenário, dizendo que, no Rio de Janeiro, “bandido” era tratado “na bala”.
Dois anos depois, bolsonaristas passaram a atacá-lo por fazer uma oração para Lula no Planalto. Ele nega apoio ao presidente, mas defende que líderes religiosos devem torcer pelo bem do país.
A controvérsia fez Otoni deixar o grupo da oposição. Agora, ele disputa a liderança da bancada evangélica contra Gilberto Nascimento (PSD-SP), em um grupo conservador que resiste ao governo. O Planalto aposta no ministro Jorge Messias para manter o diálogo com os neopentecostais.Messias, evangélico, para estreitar o diálogo com os neopentecostais.