A opinião é do Blog do Dina:
Essa não é qualquer treta de torcedores. Investigações apontam que a mesma facção está infiltrada nos dois clubes rivais (veja no vídeo acima). Portanto, não existe “torcida do ABC é facção X e torcida do América é facção Y”. É tudo uma grande bagunça organizada – pelo crime.
Segundo comunicações interceptadas pela Polícia Civil, membros da facção usaram a rivalidade pra justificar ações violentas. Mas como isso foi permitido por tanto tempo? Será que os dirigentes não sabiam de nada? Hypocrisia, talvez? A verdade é que muitos fecham os olhos, mas é impossível ignorar os danos causados por esses indivíduos.
Os ataques à sede do América são um símbolo de tudo que está errado. Mesmo com a sede localizada ao lado do Comando Geral da Polícia Militar, atos de vandalismo ocorreram mais de uma vez. Onde está a segurança? Por que ninguém foi preso, mesmo com câmeras por todo lado?
Enquanto isso, antes e após um clássico, a cidade virou palco de violência. Bombas, brigas e caos total em vários pontos. E a polícia? Imóvel em várias situações. O que fica claro é que esses confrontos não são “apenas coisa de torcedor”. As armas usadas e o nível de organização apontam pra algo muito mais sinistro.
Quer saber mais sobre a reação das autoridades a tragédias similares? Confira este caso de intervenção no RN e nordeste.
Não dá pra ignorar que algumas pessoas tentam invalidar críticas às torcidas organizadas usando o velho discurso: “não criminalize as torcidas”. Mas, honestamente, até que ponto fingir surpresa é justificável? É como se acordássemos todos os dias com amnésia coletiva, enquanto crimes continuam sendo cometidos.
Deixe-me ser claro: os atos violentos registrados não são obra de “simples torcedores”. São movimentos organizados, que fazem qualquer noção de “amor ao clube” parecer piada. Tudo isso reforça como o problema vai além do esporte. É um reflexo da falência da segurança pública.
Teia de Criminalidade
A violência associada às torcidas de ABC e América revela uma teia de criminalidade que não pode ser ignorada. A lente da Deicor, junto com colaborações do poder público, pode ser o primeiro passo para quebrar essa corrente. Mas o verdadeiro desafio é: será que clubes e autoridades realmente têm disposição para mudar esse cenário?
Enquanto isso, vamos juntos continuar acompanhando e questionando. Afinal, quando até o esporte vira um campo de batalha, é hora de repensar nossas prioridades.