A cuidadora Aline Santos Joaquim, acusada de se apropriar da casa e do carro de uma idosa de 87 anos, contratou Noélia Maria de Souza para participar do esquema. Noélia passou a morar com a vítima durante a pandemia, administrando seus bens, mas, segundo o MPDFT, dopava e agredia a idosa.
Familiares notaram mudanças no comportamento da vítima, que era mantida sonolenta e isolada, sem contato com parentes. A sobrinha foi impedida de visitá-la, e o síndico relatou restrições impostas pelas golpistas.
Aline foi condenada por apropriação de bens, maus-tratos e estelionato. A idosa, que tinha renda de R$ 12 mil, sofreu prejuízos superiores a R$ 200 mil. Seus cartões foram retidos e usados para pagar despesas pessoais da criminosa, incluindo viagens, restaurantes e a faculdade do namorado. Aline também vendeu o carro da vítima e transferiu seu apartamento para seu nome, mas a doação foi anulada na Justiça.
Resgatada pelos familiares, a idosa recuperou sua autonomia, mas faleceu posteriormente. A 1ª Turma Criminal do TJDFT manteve a condenação de Aline, negando o recurso da defesa.
