Por semanas, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, promove o dia 2 de abril como o “Dia da Libertação” nos EUA, quando uma série de tarifas retaliatórias serão anunciadas. A informação é da CNN.
A escolha do apelido para esta quarta-feira (2) envolve um dos objetivos de Trump: “restaurar a justiça”, segundo ele.
Na opinião do republicano, os EUA estão sendo “enganados” há anos por países que aplicam tarifas mais altas sobre produtos fabricados americanos ou países com os quais os EUA têm um déficit comercial.
Trump deve anunciar nesta tarde tarifas recíprocas para diversos parceiros comerciais, inclusive o Brasil. Na segunda-feira (31), o republicano disse que a decisão vai afetar todos os países.
Em comunicado também nesta quarta, a Casa Branca disse que “Pela primeira vez em décadas, os Estados Unidos verão um comércio justo”, reforçando a “Libertação” ao qual Trump se refere.
Ao longo de sua campanha para regressar à presidência, o republicano já levantava a bandeira de que os parceiros comerciais dos EUA tratam o país de maneira injusta, aplicando tarifas elevadas e outras barreiras comerciais.
“Quarta-feira será o Dia da Libertação na América, como o presidente Trump o apelidou com tanto orgulho”, disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, em 31 de março.
A secretária observou tarifas astronomicamente altas que alguns países cobram por produtos americanos, como uma tarifa de 250% que o Canadá tem no papel para produtos lácteos americanos.
Embora esses números sejam altos, são tarifas que provavelmente nunca serão cobradas porque nações com tarifas exorbitantes importam muito pouco dos Estados Unidos.
Ainda assim, Leavitt disse que as tarifas altas são injustas para os americanos, e os EUA deveriam cobrar o mesmo.
“Isso torna virtualmente impossível que produtos americanos sejam importados para esses mercados, e isso deixou muitos cidadãos fora do mercado e sem trabalho nas últimas décadas”, disse Leavitt.
Entenda “tarifaço” de Trump
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve anunciar nesta quarta-feira (2) uma série de tarifas recíprocas para diversos parceiros comerciais, inclusive o Brasil.
Com promessas de reduzir a dívida nacional e reequilibrar o comércio global, Trump já promulgou tarifas abrangentes contra importantes parceiros comerciais e setores-chave - incluindo aço e alumínio - enquanto ameaça mais tarifas sobre outros.
As políticas comerciais de Trump têm sido impulsionadas por uma série de objetivos que diferem da justificativa oferecida por administrações anteriores.
